Bem dreds, o presente post é como se fosse a minha "reportagem" do concerto dos Artic Monkeys, no passado dia 3 de Fevereiro, no Campo Pequeno, em Lisboa. Não me foi possível escrever no dia logo a seguir, por causa duns trabalhos que tenho estado a fazer, relacionados com o meu curso. É verdade, o tempo vai escasseando, mas ainda assim, a paixão pelo rock vai fervilhando pelas veias, circulando por todo o corpo. De tal modo que, não conseguimos passar sem partilhar algumas impressões recolhidas em contextos ligados com aquele (o rock). Um primeiro aspecto a referir, é que a banda mostrou por que razão é considerada uma das principais referências do indie rock a nível mundial, nos dias de hoje. A banda esteve muito bem em palco, com o líder e vocalista, Alex Turner, trocando várias vezes de guitarra, ao longo do concerto. Para além do lead guitar, do baixista e do baterista, esteve em palco, também, um tecladista, que alternava ora tocando guitarra. O som estava bem equalizado, tendo em conta as características acústicas do local e como era de se esperar, num concerto com a magnitude deste, com os instrumentos situados ao mesmo nível, evitando as sobreposições de uns, sobre outros. A primeira parte do concerto ficou sob a responsabilidade dos ingleses do Mystery Jets, que estiveram em palco por cerca de 40 minutos, apresentando o seu indie rock. Depois houve um intervalo de cerca de 40 minutos, em que, sob as cortinas encerradas, o palco dos Artic Monkeys ia sendo montado. Quando os Artic subiram ao palco havia uma arrumação completamente diferente (a iluminação, os amplificadores, etc. era todo o material diferente do usado pelos Mystery Jets), sendo de destacar, o sistema de iluminação, e seis telas de tamanho médio, colocadas verticalmente umas sobre as outras, nas extremidades direita e esquerda do palco, mostrando imagens dos 4 membros da banda, enquanto a banda actuava. Cheguei cedo ao recinto do concerto com o objectivo de fugir aos empurrões e foi muito fácil entrar. Por pouco ia ficando sem o ingresso, pois há 10 dias do concerto, quando tive algum tempo para me deslocar a um dos locais de venda, para obtê-lo, já não havia bilhetes para a pista, diante do palco; só havia para o camarote e estes só se podiam comprar oito duma vez, que é a quantidade de lugares de um camarote. Os preços dos ingressos variavam entre 24 e 35 euros. Por momentos comecei a transpirar. Não queria ficar sem ver os Artic, porque são uma das minhas bandas preferidas actualmente. Chama-me particularmente atenção, e isto também aconteceu neste concerto, o baterista, com os seus brakes, que situam a música feita pela banda definitivamente no rock do pós anos 90. É uma outra onda, é outra vibe. Tive de me deslocar a outro local, onde possivelmente haveria ingressos individuais, e nesta segunda tentativa lá consegui. Suspirei de alegria. Aos poucos, a praça de touros foi enchendo e ia chegando cada vez mais pessoal. Uma cena que reparei foi na diversidade etária do público. Havia kotas, calvos e de cabelos brancos, bem como adolescentes e outros mais putos ainda. Tipo o estilo dos Artic atrai público dos "8 aos 80", como se costuma dizer. O repertório da banda para este concerto incluiu faixas dos seus três trabalhos discográficos, passeando por entre as electrizantes "Brianstorm" ou "When the Sun Goes Down" e outras mais viajadas e do tipo balada como "A Certain Romance" ou "Cornerstone". Houve, entretanto, uma predominância, como era de se esperar, das músicas do mais recente trabalho discográfico, intitulado Humbug. A primeira música tocada foi Dance Little Liar, a oitava faixa do Humbug. É um show que vai ficar marcado na minha memória, por muito tempo, com certeza. Fiquei com a impressão de que, numa circunstância de actuação ao vivo, o fundamental é ensaiar muito, o resto é feito pela iluminação, pelo som correctamente equalizado e pelo material de qualidade que se usa.
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