Bem pessoal, passados dois anos desde a criação do blog (como o tempo voa!, parafraseando o refrão dum tema conhecido do grande Cazuza, diríamos que "o tempo não pára"...) e também desde as primeiras sessões de captação de som que fizémos num estúdio profissional, para a gravação do cd "Visões", cá estou eu, novamente sentido comichões cerebrais e interiores, que me impelem a escrever, a tirar cá para fora pensamentos e ideias, que fervilham dentro da minha cabeça, sentimentos que me vão atravessando a alma, de norte a sul, de este a oeste. Como que para tirar as teias de aranha que envolvem o blog (tamanho foi o tempo de ausência!), passarei daqui em diante a utilizá-lo mais vezes, com o objectivo de falar desta que é uma das minhas principais paixões na vida, um dos meus principais alimentos espirituais (entre outros), que me faz sentir um ser que existe e vive ao mesmo tempo: o rock. Por todo o mundo são várias as notícias, são várias as novidades ligadas ao rock. O dinamismo do mundo artístico que circunda o rock é extremamente elevado. Sendo assim, passarei a postar as news que forem do meu conhecimento, pois vivemos numa sociedade dominada, no que diz respeito à música, pela predominância (para não utilizar outro termo) mediática do kú duro, do rap, da kizomba e do semba. Sendo assim é necessário, sempre que possível, contribuir com o que estiver ao nosso alcance, para tornar o rock mais perto dos angolanos, seja partilhando notícias sobre as bandas, seja de outras formas baseadas em criatividade. Sem excessivos dramatismos, convém dizer que nada ganhamos cruzando os braços e adoptando uma postura de "chorar por cima do leite derramado", no que diz respeito ao domínio exercido por outros estilos musicais. Estes estilos dominam o cenário musical angolano porque certamente os seus cultuadores se empenharam para atingir o nível de visibilidade mediática que têm, directa ou indirectamente. São, com certeza, vários os factores explicativos do actual cenário musical angolano. A situação é a tal ponto complexa que o músicos que fazem rock precisam de esboçar estratégias e tácticas muito bem pensadas, eficientes e eficazes (no sentido restrito destes termos), de modo a colocar o rock no mesmo patamar dos estilos acima citados, ou pelo menos próximo do patamar daqueles. Este não é um desafio fácil de ser alcançado, com certeza que não. Espero, porém, não estar a depositar a minha fé e a minha razão numa utopia. Só o tempo revelará até que ponto a minha crença no rock no nosso país é ou não um simples sonho. Digo isto não só enquanto observador do cenário musical angolano, mas também como alguém que se aventurou pelos caminhos do lançamento de uma obra discográfica em estilo rock (de resto uma experiência bastante enriquecedora, dado o processo de aprendizagem que se operou, que nos leva incontornavelmente a maiores cautelas em lançamentos discográficos posteriores).
Basicamente, tal como o afirmei acima, passarei a usar mais o blog (dentro das minhas disponibilidades de tempo), não só para dar a conhecer as news sobre as bandas e as cenas todas que me chegarem aos ouvidos, mas também para expressar o meu ponto de vista sobre os mais variados assuntos, consoante o "estalo" que me der, contando que o rock é o assunto predilecto, entre todos os que se apresentarem, quando tiver que gatafunhar alguma coisa. Até à próxima e rock on!